Editorial

Polo Naval passa por uma retomada verde

Lideranças comemoram - com razão - que a Petrobras voltou a notar o potencial da nossa região.

Na sexta-feira (7), mais um anúncio renovou o otimismo pela retomada do Polo Naval em Rio Grande. Com o desmantelamento da plataforma P-32, que atuava na Bacia de Campos, serão gerados 200 empregos no estaleiro da Ecovix. O número não chega a ser daqueles que saltam aos olhos em um espaço que já movimentou mais de 20 mil vagas diretas. No entanto, as lideranças comemoram - com razão - que a Petrobras voltou a notar o potencial da nossa região. De quebra, é mais um anúncio que destaca a preocupação com trabalhos sustentáveis nessa nova fase que vive o Município.

O desmantelamento - basicamente, desmanche da plataforma - será o primeiro do novo formato sustentável que a estatal pretende adotar para equipamentos que não usa mais. E Rio Grande larga na frente disso, afinal, são pelo menos 25 outras que terão o mesmo destino. A medida é louvável, pois se deixa de executar tal trabalho no exterior, gera-se empregos no País e, de quebra, se garante atenção com o meio ambiente, já que a Petrobras garante que irá monitorar cada passo dos trabalhos executados.

Há cerca de 40 dias, outra boa notícia, envolvendo também a Petrobras e Rio Grande, chegou com o anúncio de um investimento de R$ 45 milhões na Refinaria de Petróleo Riograndense, feita pelo próprio presidente da companhia estatal, Jean Paul Prates, também com um viés ambiental, com expectativa de produzir propeno, gasolina, diesel, gás liquefeito verde e bioaromáticos para a indústria petroquímica, tudo a partir do óleo de soja refinado. A experiência de Rio Grande será a primeira com matéria-prima 100% de origem renovável.

Se tudo der certo, em breve Rio Grande deve ter explorado também o seu potencial de geração de energia eólica. Há exatos dois meses uma carta de intenções com o Porto de Roterdã, na Holanda, com perspectiva de parcerias que explorem, entre outras coisas, a geração de hidrogênio verde e energia eólica. O potencial de geração de energia limpa no Município, que, de quebra, leva São José do Norte junto, é outro ponto a ser explorado, e que vem sendo identificado por lideranças locais como provável gerador de emprego e renda. Também, de olho no meio ambiente.

Enfim, a retomada parece ser possível em Rio Grande. E, se essa informação é digna de comemoração, os sinais de que isso tudo virá acompanhado de preocupação ambiental e sustentável, é melhor ainda. Para hoje e para o futuro.

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